Maria Lúcia Montemór, nascida em Potirendaba (SP), é uma renomada artista plástica que, ao longo de sua carreira, construiu uma jornada singular, marcada pela fusão entre arte, filosofia e reflexões socioambientais. Vivendo atualmente em São José do Rio Preto (SP), Montemór encontrou na arte o seu mais profundo diálogo com o mundo, desenvolvendo uma obra que se destaca tanto pelo domínio técnico quanto pela profundidade de suas temáticas.
Sua produção artística é caracterizada por uma técnica variada e experimental, que utiliza principalmente tinta acrílica, mas que não se limita a isso. Montemór faz uso de recursos como spray, espátulas e até secadores de cabelo para explorar as possibilidades expressivas da arte. Essa abordagem livre e fluida revela uma artista que busca, acima de tudo, desafiar categorizações e construir um trabalho em constante evolução, refletindo seu desejo de dialogar com as complexidades da vida contemporânea.
O trabalho de Montemór é uma profunda reflexão sobre temas como direitos humanos, sustentabilidade, gênero, minorias e questões ambientais. Inspirada por uma ampla gama de influências artísticas, como Pollock, Kandinsky, Helen Frankenthaler e Manabu Mabe, ela desenvolve suas obras a partir de um olhar crítico e sensível sobre o mundo ao seu redor. A obra "Flores da Caatinga", por exemplo, é um painel que aborda a resiliência e a beleza do bioma nordestino, o que reflete sua constante preocupação com a sustentabilidade e as questões climáticas.
Sua arte é também um espaço de questionamento filosófico. Para Montemór, a arte não deve estar distante da filosofia, sendo este um dos pilares fundamentais de sua criação. Ela acredita que a arte precisa ter tanto uma ética, que ressignifique conceitos morais, quanto uma estética que permita ao espectador uma nova forma de experiência e crítica. Nesse sentido, Montemór cria obras que atraem visualmente, mas que também provocam profundas reflexões sobre a condição humana e o papel da arte na sociedade contemporânea.
Montemór tem sido uma presença significativa no cenário artístico, participando de diversas exposições, tanto no Brasil quanto no exterior. Seu trabalho tem sido amplamente reconhecido por sua capacidade de unir técnica, emoção e uma narrativa visual impactante. As exposições em que suas obras foram apresentadas servem como palco para essa interação constante entre arte e filosofia, um espaço onde Montemór revela, com coragem e sensibilidade, suas visões sobre o mundo.
Uma artista que inspira outros, tanto pela profundidade de seu trabalho quanto pelo exemplo de sua trajetória. Com uma visão aguçada sobre a função social e transformadora da arte, ela segue criando novas realidades e perspectivas, sendo uma voz essencial no debate contemporâneo sobre os rumos da arte e seu impacto na sociedade.
Seus trabalhos desafiam o público a olhar para o mundo com um olhar mais sensível e crítico, sempre em busca de novas formas de entender e representar a realidade.