e quando fecho os olhos, vejo cores que se movem, formas que se encontram e um mundo de possibilidades que só a arte pode traduzir.
Meu primeiro contato real com a arte aconteceu em Paris, cidade que me acolheu por sete anos e despertou em mim um olhar sensível para a beleza e o significado das formas ao meu redor. Foi lá que os primeiros traços de um lápis deram vida ao meu desejo de explorar o desenho e a aquarela. Mais tarde, em Paraty, o óleo sobre tela entrou em minha vida como um reencontro com o passado e uma descoberta do futuro.
Minha formação não seguiu os caminhos tradicionais. Sou autodidata, mas minha curiosidade insaciável pela arte me levou a buscar conhecimento em cursos, workshops e ateliês por onde passei. O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) foi uma fonte de aprendizado crucial, onde aprofundei técnicas de pintura acrílica e retrato com modelos vivos. Também me dediquei a estudar as técnicas da pintura renascentista e participei de discussões sobre história da arte no Instituto Tomie Ohtake. Minha busca pela harmonia entre criatividade e psicanálise, especialmente no campo do inconsciente, deu novos significados à minha produção.
Minha arte é um reflexo de quem sou. Gosto de dizer que minhas obras são uma conversa entre cores e formas, com um sotaque que mistura o vibrante e o orgânico. Nos últimos anos, tenho explorado intensamente a abstração, buscando criar sensações de luminosidade e intensidade.
Minha carreira é marcada por momentos que considero verdadeiros presentes da vida. Minha primeira exposição individual aconteceu em 2010, no Memorial da Cidade de Vinhedo, um marco que me impulsionou a continuar. Desde então, participei de diversas mostras coletivas e realizei exposições individuais na Galeria Área Artis e na Livraria Cultura de São Paulo. Em 2022, conquistei o prêmio no concurso "No War", organizado pela Galeria Menduina-Schneider em Los Angeles, com a obra "Propaganda Anti-Russia", uma experiência que me permitiu transmitir uma mensagem forte e relevante.
Mais recentemente, em 2024, o primeiro lugar na avaliação dos curadores da exposição "Terra", na Casa Odysséia, em São Paulo, reforçou minha convicção e paixão pela arte. A medalha de prata na exposição "Arte Moderna" da Associação Paulista de Belas Artes, no Tribunal de Justiça de São Paulo, e a participação na exposição "Lua de Mel", organizada pelo Clube dos Artistas, foram igualmente gratificantes. Em setembro de 2024, participei da Mostra Internacional Totem das Cores, realizada no Museu Municipal de Socorro, no estado de São Paulo, com duas obras que celebravam a Natureza na Cidade. Em julho de 2024, fui ainda mais honrada quando a minha tela "The Bird Symphony" inspirou o pianista americano Mr. Margin Alexander a compor uma música para a peça, apresentada no concerto "Inside the Piano Gallery, Music Exhibition", em Manhattan, NYC – uma sinergia entre artes que me emocionou profundamente.
Acredito que a arte desempenha um papel fundamental na sociedade, agindo como catalisadora de reflexões e diálogos. A relação entre artista, obra e público é orgânica e transformadora, um processo fluido e em constante evolução. Minhas telas são um reflexo dessa busca por significado, uma tentativa de traduzir minhas experiências e emoções em imagens que possam despertar sensações e questionamentos no espectador. A jornada continua, e a cada nova tela, a cada nova experiência, me reinvento e aprofundo minha busca pela expressão autêntica e significativa.
E você, o que vê quando fecha os olhos e deixa a imaginação fluir?