A Arte de Ver Juntos
A Alquimia do Olhar Compartilhado e a Alma de Paris na Capa Internacional da ArtNow Report por Andrey e Dinorá Allage
Há instantes em que Paris deixa de ser apenas uma cidade e se torna um espelho do olhar de quem a contempla. É sob essa lente — sensível, poética e cúmplice — que foi capturada a imagem que estampa a capa da edição internacional da ArtNow Report. Por trás dela, não há apenas uma fotografia, mas um entrelaçamento de amor e sensibilidade, vivenciado por Andrey Marcello Allage e Dinorá Allage.
Ele, fotógrafo de alma inquieta e olhos atentos. Ela, estrategista da imagem, intuitiva, presente e essencial. Juntos, formam uma dupla artística em perfeita sintonia, que vai muito além de assinaturas: é a tradução visual de um sentimento, de uma forma de ver o mundo com delicadeza, profundidade e verdade.
Andrey tem a sensibilidade aguçada de quem lê nuances. Sua lente busca o instante que não se repete — aquele que muitos deixam escapar. Dinorá, com sua intuição refinada, não fotografa, mas orquestra atmosferas. Sua escuta emocional silencia a pressa, preserva o afeto e permite que o invisível se revele.
Dinorá não aparece na imagem, mas está em todas elas. É como se sua presença moldasse a luz e afinasse o sentimento, tornando cada fotografia ainda mais cheia de alma. É quem afina o tom, calibra a emoção, aponta o que não se vê. Andrey, por sua vez, traduz com exatidão esse universo sensível em composições que falam de silêncio, leveza e verdade. A harmonia entre os dois não se ensaia: é natural, viva, orgânica.
Cada fotografia nasce do encontro — entre eles, com o espaço, com o tempo. E, sobretudo, com o que há de mais humano na arte de olhar: a capacidade de se comover. De encontrar beleza no que é simples, mas essencial. No gesto breve, no reflexo fugaz, na luz que toca uma parede antiga.
Ver juntos, para Andrey e Dinorá, não é apenas compartilhar a paisagem. É abrir espaço para que o outro veja também. É permitir que a imagem se torne uma memória sensível, um traço de presença a dois.
A AMA é isso: alquimia de olhares. A assinatura deles não se imprime apenas na imagem final, mas em todo o processo — na escolha de estar ali, no cuidado com cada detalhe, na escuta mútua. Cada fotografia é o vestígio de uma conversa silenciosa entre dois corações que aprenderam a ver juntos.
E foi assim que nasceu a imagem da capa. Um momento parisiense simples, mas profundamente sentido. Um registro que carrega não só a beleza da cidade-luz, mas também o brilho de dois brasileiros que transformam a fotografia em gesto de amor. Ali, onde técnica encontra emoção, onde luz e sombra se entrelaçam, habita a essência do olhar compartilhado.
Não é apenas uma foto. É um manifesto. Um traço sensível do que é possível quando dois olhares escolhem caminhar lado a lado. Quando dois artistas decidem que a arte de ver não é solitária — mas compartilhada, amada, vivida.
